domingo, 3 de junho de 2012

FUNDAMENTOS GERAIS DE UMA CASA ESPÍRITA - continuação

2) Faixa etária

O segundo critério é a faixa etária dos que transitam no âmbito da casa espírita, pois a idade configura interesses próprios e impõem limites às maneiras de ajudá-los.
O Espírito, quando encarnado, passa por diversas situações nas quais assume características específicas e experimenta necessidades particulares, o que requer métodos diversos para atendê-lo, conforme seja criança, jovem, adulto ou  idoso. Isso ocorre tanto porque sua manifestação "se acha subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos órgãos" (Q. 369/L.E), quanto porque a cada faixa etária corresponde uma necessidade a ser vivenciada pelo Espírito (Q. 382, 385, 992 e outras/LE). Em cada uma dessas etapas existenciais que o Espírito experimenta durante a sua vida corporal, porta características específicas como encarnado e tem necessidades diferenciadas, que requerem métodos diferenciados para atendê-las. Para caracterizar essas diferenças veja-se no quadro abaixo, incluído aqui apenas a título de exemplo, a diversidade de características que modela cada fase existencial do ser encarnado.

3) Vínculo com a instituição

O terceiro critério é o vínculo com a instituição daqueles que transitam no seu âmbito. Por tese geral, considera-se que todos os que estão em uma casa espírita são pessoas necessitadas e, portanto, encontram-se sob tratamento, isto é, na condição de assistidos. Parte deles, entretanto, procura realizar ou consolidar esse tratamento por meio do desenvolvimento de tarefas requeridas pelas diversas atividades da casa, transformando-se em seus trabalhadores. Assim, quanto ao vínculo com a instituição, existem duas maneiras de considerar aqueles que dela participam. A primeira é considerar ,todos, assistidos, independente se estão apenas na condição de beneficiados ou se também realizam algum trabalho.  A segunda é considerar apenas os trabalhadores, isto é, aqueles que, além de serem beneficiados, cooperam na realização das atividades.
A razão dessa consideração diferenciada para os trabalhadores é que nas atividades para assisti-los passa a ser possível, por já possuírem conhecimentos doutrinários, o uso de recursos mediúnicos de maneira mais direta e ostensiva. Ademais, além da assistência às suas dificuldades próprias é necessário auxiliá-los na realização de suas atividades na instituição, visando conscientizá-los das responsabilidades que todos os trabalhadores do bem passam a ter após comprometerem-se com os interesses do Cristo na Terra.  Já em relação a todos assistidos os compromissos da assistência devem visar apenas auxiliá-los em suas dificuldades, sem qualquer outro objetivo que não seja o de ajudá-los a liberarem-se de suas inquietudes.

Esta texto é parte integrante de um conjunto de instrumentos que operacionalizam uma proposta sistematizada e fundamentada de TRATAMENTO ESPIRITUAL na Casa Espírita. Além de um volume intitulado ROTEIROS SISTEMATIZADOS PARA ESTUDO EM GRUPO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO e da Apostila de Implantação, a proposta inclui as diretrizes de funcionamento para: Recepção e Encaminhamento, Orientação Inicial, Entrevista, Estudo em Grupo do Evangelho, Passe, Atendimento Mediúnico, Reentrevista, Tratamento à Distância, Enfermaria de Emergência, Atendimento Direcionado a Casos Graves etc.
A responsabilidade por sua criação é da FUNDAÇÃO ALLAN KARDEC, estabelecida em Manaus – Amazonas
Seu uso pelo Movimento Espírita pode ser feito livremente, sem a necessidade de haver consulta prévia, inclusive para realizar as adaptações que se façam necessárias.

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